quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Chaves em Desenho Animado - História da Série

Hoje, vamos recordar um desenho, inspirado no seriado Chaves, grande sucesso mexicano e que é exibido no Brasil pelo SBT. Trata-se de Chaves em Desenho Animado, que também é exibido pela emissora e em alguns canais da TV por assinatura.


Turma do Chaves em Desenho Animado
 
No início dos anos 2000, começaram a circular boatos de que o seriado Chaves ganharia uma versão em desenho animado, feita pela Disney. No final de 2005, a rede de televisão mexicana Televisa confirmou que o desenho estava sendo produzido e que estrearia em 2006. Ao contrário do que foi inicialmente pensado, quem produziu o desenho foi o estúdio mexicano Ánima Estudios. A equipe de Roberto Gómez Bolaños, criador da série original e ator que interpretou o Chaves, acabou por escolher o estúdio devido ao grande talento dos animadores e por questões geográficas. A ideia de produzir o desenho foi de Roberto Gómez Fernandez, filho de Bolaños, que pretendia assim homenagear o pai. O próprio Bolaños ficou responsável por escrever os roteiros dos episódios. E, ainda em 2005, veio a notícia de que o desenho não iria contar com a Chiquinha, devido as brigas judiciais entre Bolaños e Maria Antonieta de Las Nieves, atriz da personagem. Ainda assim, a expectativa para o desenho era enorme.


Primeira Imagem Divulgada do Desenho do Chaves
 
 
No dia 21 de outubro de 2006, após tanta espera, o desenho finalmente tinha sua estreia no México e mundial. Na ocasião, a Televisa preparou um especial, com entrevistas com os produtores e dubladores mexicanos. O próprio Roberto Gómez Bolaños foi homenageado. Durante o especial, colocaram-no para ver a vila do Chaves em desenho animado e até fizeram ele contracenar com o Chaves animado em uma tela. No final, o apresentador deu a Roberto um controle e lhe pediu que apertasse "PLAY" para o desenho começar. E assim começou a ser exibido.

 "Os Balões": primeiro episódio da série animada
 
No Brasil, como o desenho já tinha sido comprado pelo SBT, mas ainda não havia sido dublado, a estreia não ocorreu no mesmo dia que no México. E por falar em dublagem, isso gerou muita repercussão na época: o SBT contratou o hoje saudoso estúdio da Herbert Richers para dublar o desenho e decidiu trocar todos os dubladores originais da série, revoltando os fãs. Mas, após muitos protestos enviados à emissora e até mesmo a realização de um abaixo-assinado, quase todos os dubladores originais foram contratados para dar suas vozes novamente aos personagens, agora em desenho. A única exceção foi Nelson Machado, dublador do Quico, que não fechou acordo para dublar por não concordar com o salário oferecido pelo SBT. No México, também houve repercussão sobre a dublagem: inicialmente esperava-se que os atores ainda vivos do seriado retornariam para dublar o desenho mas o produtor Roberto Gómez Fernandez, alegando que os atores já estavam envelhecidos demais para os papéis, não chamou nenhum deles e  trocou todo o elenco de vozes. Mas as dublagens, tanto a brasileira como a mexicana, acabaram agradando no final. E a brasileira, em especial, foi muito elogiada.
 

Comercial do SBT anuncia a estreia do desenho do Chaves no Brasil, dia 1º de janeiro de 2007

 
No dia 1º de janeiro de 2007, o desenho enfim estreava no Brasil, no SBT, às 18h. Inicialmente, o desenho foi um grande sucesso em terras brasileiras. Os primeiros episódios mantinham o humor do seriado, e a animação mostrava-se de boa qualidade. A imaginação dos personagens, por exemplo, foi um ponto forte do desenho. A animação agradou tanto que rapidamente surgiram vários produtos no mercado sobre a série animada; e a audiência do SBT quadruplicou no horário, garantindo várias vezes a vitória contra o desenho do Pica-Pau, exibido no mesmo horário pela Record.
 
 

Boneco do Chaves em desenho, lançado no Brasil
 
 
Com o tempo, entretanto, o desenho foi decaindo. A série não conseguiu manter o mesmo humor do seriado, pois piadas que rimos com atores não tem o mesmo efeito com desenhos. Se isso já não fosse muito, a falta de criatividade também foi muito criticada pelos fãs. Isso porque toda a primeira temporada do desenho teve apenas remakes de episódios da série original. À partir da segunda temporada, o desenho começou a ter episódios com enredos totalmente inéditos, mas passou a ter também um estilo mais infantil, o que não agradou. E, sem dúvida, o assunto que mais repercutiu contra o desenho: a ausência da Chiquinha. As constantes aparições do Nhonho e da Pópis substituindo a filha do Seu Madruga nos episódios não satisfez os fãs em geral. Quem teve Orkut na época deve se lembrar que a ausência da Chiquinha era muita citada e criticada nessa rede.  O que, particularmente, sempre achei estranho - pois os mesmos fãs que criticaram tanto a Chiquinha não aparecer no desenho também adoram a temporada de 1974 da série original, onde a Chiquinha não aparece e dizem que ela é a personagem mais descartável do seriado. Vai entender...
 
Paty e Pópis: sem a Chiquinha, a prima do Quico era quem disputava o amor do Chaves com a vizinha
 
Embora eu, particularmente, nunca tenha sido um grande fã da Chiquinha e nem me importado tanto assim com a ausência dela, reconheço que isso chegou a causar confusões às vezes, como aconteceu com a Pópis no desenho. Quando o desenho estreou falou-se que, na animação, ela era apaixonada pelo Godinez e até corria atrás dele na abertura. Mas, sem a Chiquinha, ela tinha que disputar com a Paty o amor do Chaves e o tal amor pelo Godinez nunca foi visto em nenhum episódio, contrariando a abertura. Mais do que isso: Roberto Gómez Bolaños e Maria Antonieta de Las Nieves tinham feito as pazes em 2005 e acertado na justiça que ambos poderiam usar legalmente a personagem Chiquinha em suas produções. Ou seja, a Chiquinha não ter aparecido no desenho acabou sendo uma decisão de Bolaños, que reascendeu a briga com Antonieta. A ausência da Chiquinha repercutiu tanto que uma foto, divulgada na internet pouco antes da estreia da segunda temporada, rapidamente foi comentada pelos fãs. Na foto, a Chiquinha aparecia no desenho, junto com outros personagens; e assim houve grande expectativa que a personagem iria aparecer na segunda temporada. E isso não aconteceu. Depois, descobriu-se que a foto não era oficial. O desenho da Chiquinha tinha sido feito por um fã da série e depois foi feita uma montagem juntando com os outros personagens. Mas não descobriu-se quem era o tal fã, autor do desenho da Chiquinha, que ficou muito bem feito.

A foto que rapidamente se espalhou pela internet. Nela, a Chiquinha aparece no desenho. Mas não era uma foto oficial, era o desenho de um fã desconhecido.
 
 
As críticas já mencionadas (falta de humor, de criatividade, estilo muito infantil, ausência da Chiquinha) foram feitas tanto pelos fãs brasileiros como pelos mexicanos. Mas, no México, o desenho ainda agradou e fez mais sucesso. No Brasil, ao contrário, decaiu muito e hoje é considerado um fracasso. Tanto que o SBT, após a quinta temporada, não mandou mais dublar a série e nunca exibiu a sexta e a sétima temporada. Na verdade, não é certeza, mas fãs nos fóruns sobre Chaves cogitam que a emissora de Silvio Santos tenha desistido de continuar exibindo o desenho no Brasil, tamanha repercussão negativa. Outro detalhe é que o SBT, quando começou a exibir o desenho lá em 2007, o exibia diariamente, ao contrário do México, onde a exibição é semanal. Com isso, rapidamente os episódios da primeira temporada se esgotaram e foram muito reprisados. Muita gente parou de assistir o desenho ainda em 2007, achando que ele já tinha acabado e de tão enjoado que ficou com as reprises. E, quando as outras temporadas vieram, não foram muito anunciadas pela SBT. Ou seja, a forma como o desenho foi exibido na TV aberta também não contribuiu tanto assim para o sucesso do desenho no Brasil. Ainda assim, não se deve esquecer que é graças ao SBT que o desenho chegou por aqui.
 

Desenho do Chaves, de qualquer forma, tornou-se memorável
 
 
Pode-se dizer, no fim das contas, que o desenho do Chaves no Brasil acabou desapontando mas ao mesmo tempo tornou-se uma animação marcante. Pelo menos o seu inicio por aqui merece ser lembrado. Para finalizar, aqui vai algumas curiosidades sobre o desenho:
 
-No primeiro episódio, "Os Balões", há uma cena do Senhor Barriga na rua com as crianças. Essa cena nunca foi exibida no Brasil, porque a Televisa, por motivo desconhecido, a cortou do episódio antes de enviá-lo para o SBT. Além disso, há um erro nesse episódio: quando Chaves está indo embora da vila, a gravata azul da roupa do Nhonho desaparece. Outro detalhe: a Dona Clotilde sai de casa com uma tesoura, mas não se sabe porque.
-No episódio "Uma Mosca no Café", Seu Madruga aparece no restaurante da Dona Florinda, algo que nunca havia acontecido na série original. Além disso, o restaurante só apareceu nesse episódio e em mais um, criando assim uma dúvida no desenho: se a Dona Florinda tem um estabelecimento para cuidar, porque ela passa o dia inteiro na vila?
-No desenho o número da casa do Seu Madruga é 10, e não 72 como na série original.
-Para testar a reação do público ao desenho, o produtor Roberto Gómez Fernández decidiu que a primeira temporada teria apenas remakes de episódios da série original, mas a partir da segunda temporada viriam episódios com enredos inéditos. Porém a Televisa divulgou erradamente que os episódios com novas histórias seriam os 13 últimos da primeira temporada. Isso foi muito comentado na época que o desenho estreou.
-No episódio "Os Gesseiros", em uma cena, Chaves diz que terá o seu "chipote chillón". Foi um erro da dublagem, pois "chipote chillón" significa "marreta biônica" em espanhol. Ou seja, ele estava dizendo que iria ter a marreta biônica do Chapolin.
-No episódio "A Partida de Futebol", as crianças jogam uma partida contra o time de uma outra escola. E todos as crianças desse outro time tem uma aparência semelhante à Ronaldinho Gaúcho. Além disso, nesse mesmo episódio, os jogadores Diego Maradona e Blanco aparecem rapidamente.
-"O Grande Prêmio da Vizinhança", o primeiro episódio da segunda temporada, foi o primeiro episódio do desenho com um enredo totalmente novo, ou seja, que não era remake de um episódio da série original.
-No episódio "Barraca de Churros", quando Quico joga farinha no Professor Girafales, segundos depois ele aparece limpo, como se nada tivesse acontecido. Outro detalhe é que, no mesmo episódio, quando Chaves quebra a tigela da Dona Florinda, o chão fica sujo de farinha, como se tivesse farinha dentro da tigela. Mas é possível ver, pouco antes do Chaves quebrar a tigela, que não havia farinha dentro dela - embora o Quico tenha tentado colocar antes.
-No episódio "O Ladrão da Vizinhança", enquanto Seu Madruga conversa com Chaves, o Seu Furtado rouba a espingarda do Seu Madruga. Então ele pensa que foi Chaves que roubou, mas ele não poderia pensar isso, pois Chaves estava na frente dele.
-No episódio "Quanto Mais Quente, Pior", Jaiminho e Quico contracenam em uma cena. Foi a primeira vez que os dois foram vistos juntos, isso nunca havia acontecido na série original. Já o episódio "Seu Madruga Leiteiro" foi a primeira vez que o Jaiminho contracenou com o Seu Madruga, o que também nunca havia acontecido no seriado. Além disso, no episódio "O Dinheiro Perdido", que vem um pouco antes do episódio "Seu Madruga Leiteiro", há uma foto na parede da casa do Jaiminho onde ele aparece junto com todos da vila, inclusive o Seu Madruga e o Quico.
-No episódio "O Desejum do Chaves", enquanto Quico chora na parede, o pé dele aparece amassado, o que é estranho, pois ele não tinha sido atingido no pé. No mesmo episódio, depois de jogar ping-pong com o Chaves, Quico vai para fora da vila. Mas, segundos depois, ele aparece saindo da casa dele.
-Gustavo Berriel, dublador do Nhonho, criou um blog onde revelou curiosidades da dublagem. Entre elas: o dublador do Senhor Barriga foi o mais difícil da Herbert Richers escolher, vários dubladores foram recusados nos testes. Além disso, no desenho, a Pópis tem a voz mais fanha do que o normal. Isso foi uma exigência do SBT. Inclusive, antes da dubladora Marta Volpiani fechar acordo para dublar a Pópis, o SBT recusou várias dubladoras que fizeram testes para a personagem porque a voz não saia fanha como eles queriam.
-À partir da segunda temporada, Marcelo Torreão, que dublava o Senhor Barriga, saiu do elenco de dublagem e foi substituído por Gustavo Berriel, que já dublava o Nhonho no desenho. O motivo foi que a dublagem de Torreão, que havia sido escolhido pela Herbert Richers para dublar o Senhor Barriga, acabou não agradando ao SBT.
-O desenho do Chaves foi o ultimo trabalho da dubladora Helena Samara, falecida em novembro de 2007, pouco após ter dublado a primeira temporada. O último episódio dublado por ela é "Vamos Todos a Acapulco", que encerra a primeira temporada. A partir da segunda, a Dona Clotilde passou a ser dublada por Beatriz Loureiro.
-Hamilton Ricardo esteve cotado para dublar o Chaves no desenho, Márcia Moreli esteve cotada para dublar a Dona Florinda, Ruth Gonçalves esteve cotada para dublar a Dona Clotilde. Além disso, o dublador Gilberto Baroli, que dublou o Senhor Barriga na redublagem do seriado para DVD, fez o teste para dublar o personagem no desenho mas não foi aprovado pelo SBT.
-A partir da terceira temporada, o desenho começou a ter cada vez mais histórias ambientadas fora da vila, e menos características da série original sendo mostradas. E passou a ter também muito mais histórias inéditas, deixando de fazer remakes de episódios da série original.
 
 E essa foi nossa retrospectiva de Chaves em Desenho Animado. Até a próxima pessoal!!! 

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Momento Nostalgia: Desenhos que Marcaram Época

Aleluia!!! Quatro anos depois (ou quase quatro anos, contando mês e dias), estou voltando a postar no blog. Por que eu fiquei tanto tempo afastado? Muita coisa aconteceu...faculdade que terminei, outra que comecei, trabalhos à fazer, noites sem dormir...por aí. Mas sentia saudade de postar aqui. Demorou, mas finalmente voltei! E agora, se Deus quiser, não ficarei tanto tempo sem postar pois adoro escrever aqui.

Decidi, no texto de hoje, fazer uma nostalgia: relembrar alguns desenhos que marcaram minha infância e, creio eu, de muita gente. Já vi outras postagens como essa pela internet. Mas nesta, quero fazer algo novo: não vou falar de desenhos que foram um sucesso enorme, ou aqueles que foram horríveis e ninguém quer se lembrar. É hora do "meio termo": vou falar de desenhos que não chegaram a ser um grande sucesso na época que passaram originalmente, mas ainda assim marcaram época. Começando por...


Guerreiros das Sombras (War Planets: Shadow Raiders)

A série contava a história de quatro planetas, chamados Pedra, Fogo, Osso e Gelo, que passaram muitos anos em guerra pelos recursos naturais uns dos outros. Até que um planeta maligno, chamado Planeta Feroz, chega e ameaça destruir não só os quatro como todos os planetas do universo. Graveheart, um mineiro do Planeta Pedra, consegue formar uma Aliança entre os quatro planetas, que então passam a enfrentar o Feroz juntos. A série foi exibida no Brasil pelo Cartoon Network.
Por que não foi um grande sucesso? Na verdade, "Guerreiros das Sombras" em si foi sim um sucesso, e muitos lembram da série como uma das melhores da década de 1990. O que não foi um sucesso foi sua linha de brinquedos, "War Planets", da Trendmasters. E como a série tinha sido feita apenas para divulgar a linha de brinquedos, acabou sendo cancelada na segunda temporada e ficando sem final. Isso prejudicou a série totalmente. "Guerreiros das Sombras" foi exibido junto com "Beast Wars", e pode-se dizer que perdeu na concorrência - a maior parte do público gostava mais de assistir "Beast Wars". No Brasil, poucos viram a série, já que ela foi exibida somente pelo Cartoon Network; e muito menos pessoas tinham TV por assinatura no final dos anos 1990/início dos 2000. Nota: ouvi falar que a série chegou a ser exibida na TV aberta pela Record, mas por pouco tempo (também não tenho certeza se é verdade).
Se salva? Sim! É uma grande série, com ótimos enredos e bons personagens. Mesmo sem ter tido final, consegue impressionar. E, como disse antes, muitos já lembram da série como uma das melhores dos anos 1990.


Beyblade G-Force e Beyblade G-Revolution


Em Beyblade, cinco jogadores de beyblade (um brinquedo semelhante a um pião) chamados Tyson, Kay, Ray, Max e Kenny formam um grupo conhecido como Blade Breakers e ganham o Campeonato Mundial de Beyblade. Beyblade G-Force e Beyblade G-Revolution são as continuações de Beyblade (por isso, coloquei as duas juntas aqui). Em G-Force, os Blade Breakers lutam contra uma organização chamado Psykick e um grupo de lutadores - ambos querem roubar as feras-bit deles, por motivos diversos. Em G-Revolution, um novo Campeonato Mundial de Beyblade se aproxima, mas Max, Tyson e Ray deixam os Blade Breakers e tentam ganhar o torneio jogando em outras equipes. Além disso, Boris e Voltaire, os dois vilões de Beyblade, retornam comandando uma nova equipe, o Batalhão Barthez, que ameaça conquistar o mundo.
Porque não foram um grande sucesso? Essa é fácil: mudaram o visual dos personagens, das beyblades e de todo o anime. Isso causou enorme estranheza para o público, que já estava acostumado com o visual e o estilo de Beyblade (este sim foi um sucesso). Essa mudança aconteceu por causa da troca do estúdio: Beyblade foi animado pela Madhouse ; já G-Force e G-Revolution foram feitos na Nihon Animedia. Não sei porque houve essa troca de estúdio, mas ficou claro que não deu certo.
Se salvam? Não! Houve quem gostasse, mas em geral as duas continuações ficaram muito estranhas no visual e no estilo, quando comparadas a Beyblade. E isso é uma coisa que não tem como mudar. Teria sido melhor jamais terem feito continuações desse anime.


Sheep na Cidade Grande


Sheep é um carneio que vive com o Fazendeiro João em uma fazenda. Até que uma organização constrói uma arma de raios movida a carneiro, e o General Específico descobre que Sheep é o único carneiro que pode fazer a arma funcionar. Para não ser usado na máquina, Sheep foge para a Cidade Grande. E lá passa por várias aventuras para continuar escapando do General e viver a vida na cidade. Foi exibido no Brasil pelo Cartoon Network e pelo SBT.
Porque não foi um grande sucesso? O desenho tinha um estilo um tanto adulto. Assim, agradou aos adultos, mas não ao público infantil.
Se salva? Sim para o público adulto, não para as crianças.


Corrector Yui

 
 
Um computador chamado Grosser ameaça tomar o controle de toda COM.net, a rede virtual. Uma garota chamada Yui Kasuga é escolhida para detê-lo. Yui se junta aos programas que foram criados para parar Grosser, conhecidos como correctors, e ganha poderes mágicos, tornando-se a Corrector Yui. Com duas temporadas, a série foi exibida em 2002 no Brasil pelo Cartoon Network.

O que houve com a série? Repare que aqui eu mudei a pergunta. Isso porque "não foi um grande sucesso" me parece meio exagerado para falar de "Corrector Yui". Não chegou a ter o mesmo sucesso que outras séries, mas agradou ao público em geral e conquistou um grande número de fãs em todos os países que foi exibido, inclusive no Brasil. Corrector Yui é um anime criativo, bom, divertido, tem boas histórias e momentos de muita emoção. Yui é a personagem mais pura que eu já vi em qualquer série. Não era violento, nem abordava temas polêmicos, como outros animes. Porque então a série não "decolou"? É difícil, mas pelo que me lembro da época que passou e pela série em si, o que acredito que aconteceu foram duas coisas juntas. Primeiro, e o principal: "Corrector Yui" foi exibido na mesma época que outro anime de grande sucesso, "Sakura Card Captors". E o público queria mais assistir as aventuras da Sakura. Segundo, o anime fala muito de um mundo virtual e, na época, a internet não era algo tão popular socialmente como hoje - para ter uma ideia, na época, não existiam sites como facebook, Orkut, youtube. Assim, falar tanto de internet pode não ter atraído a atenção do público quando foi exibido na primeira vez.
Se salva? Sim!!! É um ótimo anime, tanto que, mesmo não tendo feito muito sucesso, conquistou um grande número de fãs pelo mundo inteiro. Acredito que se voltasse a ser exibido hoje, faria mais sucesso.


E o texto de hoje chega ao fim. Mas eu voltarei e em menos tempo dessa vez! Como é bom estar de volta! Até a próxima pessoal!