quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Um Clássico da Disney para Recordar

Cada vez mais, parece estar ficando raro eu escrever aqui no blog. Ando muito ocupado, mas ainda assim não perco a vontade de escrever. E assim, vamos para mais um texto.


Hoje, gostaria de relembrar um filme da Disney, um clássico do estúdio e do cinema mundial. Um longa tão belo e criativo que deixou muita gente fascinada na época de seu lançamento, e ainda hoje é um fenômeno. Qual filme é? Trata-se de Aladdin. Vamos recordar o filme?



Aladdin é um filme de 1992, da Disney. É a 31ª animação do estúdio, e fez parte da época considerada "O Renascimento da Disney". O filme é baseado na clássica história de Aladim e a Lâmpada Maravilhosa, das Mil e uma Noites. Foi dirigido por John Musker e Ron Clements.


Apesar do filme ter recebido algumas críticas por parte dos árabes, fez muito sucesso. Foi o filme de maior bilheteria de 1992, tendo ganho 217 milhões de dólares só nos Estados Unidos e mais de 504 milhões no mundo inteiro. O filme também ganhou muitos prêmios, a maioria por causa de sua trilha sonora, muito elogiada. O sucesso do filme levou ao lançamento de vários brinquedos e jogos inspirados no filme. O longa ganhou ainda duas continuações, que foram lançadas diretamente em vídeo, além de uma série animada exibida na TV.









SINOPSE


Aladdin é um órfão que vive nas ruas de Agrabah, junto com seu macaquinho Abu, tendo que roubar comida para viver. Porém, ele sonha em mudar de vida.


A princesa Jasmine, filha do Sultão, decide fugir do palácio pelo fato de seu pai a estar obrigando a se casar. Nas ruas de Agrabah, ela e Aladdin se conhecem, e acabam se apaixonando.


Enquanto isso, Jafar, o vizir-real, está a procura de uma lâmpada mágica que contém um gênio, capaz de realizar três desejos para quem o possuir. Jafar pretende usar o Gênio para tomar o lugar do Sultão e governar Agrabah. Mas a lâmpada está escondida na Caverna das Maravilhas, e apenas um "Diamante Bruto" tem permissão para entrar na caverna. Após fazer um feitiço, Jafar descobre que o tal diamante bruto é Aladdin, e assim Jafar começa a perseguir o rapaz, planejando usá-lo para conseguir a lâmpada.



PRODUÇÃO


No final dos anos 1980, o letrista Howard Ashman teve a idéia de fazer um filme de animação musical inspirado na clássica história de Aladim, e fez a proposta à Disney. Na época, Ashman se juntou com seu parceiro Alan Menken (compositor musical) e os dois escreveram seis músicas para o filme. Linda Woolverton escreveu um roteiro para o filme. E finalmente, após o lançamento A Pequena Sereia em 1989, os diretores Ron Clements e John Musker leram o roteiro do filme e as músicas que já tinham sido compostas. Não deu outra: decidiram que Aladdin seria o próximo filme que levariam para as telas.


A 1ª versão do roteiro dizia que Aladdin tinha três amigos, chamados Babkak, Omar, Kassim; e um anel mágico, trazendo com isso dois gênios. Para completar, a mãe de Aladdin também apareceria no filme. Mas como o produtor Jeffrey Katzenberg não gostou do roteiro, foi feita a mudança, e o filme ganhou o roteiro que conhecemos. Por causa da mudança, algumas músicas que Alan Menken e Howard Ashman haviam escrito para o filme tiveram que ser cortadas, já que não se encaixavam no roteiro definitivo.



CONFLITO COM ROBIN WILLIAMS


A Disney contratou o famoso ator Robin Williams para dublar o Gênio na dublagem original em inglês. Entretanto, o estúdio quis pagar a Williams apenas o salário mínimo oferecido pelo Sindicato dos Atores por esse trabalho. Williams aceitou, pedindo em troca que a Disney não usasse sua voz em produtos de merchandinsing com o personagem, nem que o Gênio ocupasse mais de 25% do espaço disponível nos pôsters e trailers do filme. A Disney desrespeitou praticamente todos os termos do acordo, e assim Williams rompeu definitivamente com o estúdio. Dan Castellaneta o substituiu em O Retorno de Jafar, primeira continuação do filme e na série de televisão. Quando o produtor Jeffrey Katzenberg foi demitido da Disney, o estúdio fez um pedido público de desculpas ao ator, e assim Williams fez as pazes com a Disney e dublou o Gênio novamente em Aladdin e os 40 ladrões.


DESIGN


O visual de Aladdin foi inspirado no ator Tom Cruise. Inicialmente, a intenção dos produtores era de que o personagem se parecesse fisicamente com o do ator Michael J. Fox. Tiveram que mudar porque o produtor achou que o personagem não iria convencer como par romântico da Princesa Jasmine.   



MÚSICA


A trilha sonora do filme foi inicialmente feita por Howard Ashman e Alan Menken, porém o primeiro faleceu um ano antes do lançamento do filme. Assim, Tim Rice o substituiu. A grande maioria das músicas da trilha são de Alan Menken e Tim Rice, apenas três músicas de Ashman estão presentes.






Capa do CD da trilha sonora do filme





LANÇAMENTOS

O filme foi lançado em VHS em 1993, sendo um sucesso de vendas na época. Já o DVD chegou às lojas apenas na década seguinte. Mas valeu a pena: além de vir com o filme remasterizado, com som e imagem digital, veio com extras exclusivos.








Capa do VHS do filme



PRÊMIOS

O filme foi indicado a vários prêmios e ganhou muitos, inclusive dois Oscars.

Oscar
Ganhou na categoria de Melhor Trilha Sonora
Ganhou na categoria de Melhor Canção Original pela música "Um Mundo Ideal" (A Whole New World)
Foi indicado na categoria de Melhor Canção Original pela música "Nunca teve Amigo Assim" (Friend like Me)
Foi indicado na categoria de Melhores Efeitos Sonoros
Foi indicado na categoria de Melhor Som

Globo de Ouro
Ganhou na categoria de Melhor Trilha Sonora
Ganhou na categoria de Melhor Canção Original pela música "Um Mundo Ideal" (A Whole New World)
Ganhou um Globo de Ouro especial, concedido ao ator Robin Williams por seu trabalho como dublador do Gênio
Foi indicado na categoria de Melhor Filme - Comédia/Musical
Foi indicado na categoria de Melhor Canção Original pelas músicas "Nunca teve Amigo Assim" (Friend like Me) e "Príncipe Ali" (Prince Ali)

Bafta
Foi indicado na categoria de Melhor Trilha Sonora
Foi indicado na categoria de Melhores Efeitos Especiais

MTV Movie Awards
Ganhou na categoria de Melhor Comediante (Robin Williams)
Foi indicado na categoria de Melhor Filme
Foi indicado na categoria de Melhor Canção Original pela música "Um Mundo Ideal" (A Whole New World)

Grammy
Ganhou na categoria de Melhor Canção Original - Filme/TV pela música "Um Mundo Ideal" (A Whole New World)
Ganhou na categoria de Melhor Composição Instrumental - Filme/TV
Foi indicado na categoria de Melhor Canção Original - Filme/TV pela música "Nunca teve Amigo Assim" (Friend like Me)


CRÍTICAS


Uma organização árabe protestou contra um trecho da música de abertura do filme. O trecho em questão era: "Vou cortar sua orelha para mostrar para você como é bárbaro o nosso lar". A Disney, então, mudou o trecho à partir do VHS de 1993 para "É uma imensão, é um calor à exaustão, como é bárbaro o nosso lar". A mesma organização também fez uma crítica dizendo que apenas os vilões do filme possuem a pele mais escura e os traços mais árabes, enquanto os protagonistas são mais brancos, com um visual semelhante aos dos norte-americanos.


LEGADO

Continuações

O filme teve duas continuações lançadas diretamente em vídeo. A primeira foi O Retorno de Jafar, em 1994. No filme, Jafar conseguia escapar da lâmpada mágica em que tinha sido aprisionado no final do primeiro filme e planejava sua vingança contra Aladdin. Após o filme, também foi lançado em 1994 uma série animada na TV, ambientada após o segundo filme. Na série, Aladdin e os outros tinham que proteger Agrabah de diversos vilões. Finalmente, em 1996, foi lançado Aladdin e os 40 Ladrões, último filme da franquia. No longa, Aladdin e Jasmine finalmente vão se casar, mas Aladdin descobre que seu pai ainda está vivo, e que este se tornou o líder dos 40 ladrões.

Os personagens do filme ainda fizeram algumas aparições especiais em outros desenhos da Disney, como no desenho "House of Mouse".


Jogos

A CAPCOM lançou um jogo para Super Nintendo, inspirado no filme, em 1993. O jogo, como não podia deixar de ser, fez muito sucesso na época. Continha várias fazes iguais as do filme, e até uma fase inédita, em que Aladdin tinha que entrar em uma pirâmide para salvar Abu, que ficara preso dentro dela. O filme também tinha uma fase em que Aladdin e Jasmine passeavam à noite no tapete mágico, assim como no filme. Muitos dos que jogaram o jogo disseram que esta fase era belíssima.


Também foi lançado um jogo para PC inspirado no filme. O jogo era semelhante ao do Super Nintendo, mas com algumas diferenças. Neste jogo, por exemplo, Aladdin podia atacar os adversários com uma espada; enquanto que no Super Nintendo podia apenas jogar maçãs e pular em cima deles.


Nos anos 2000, a Disney lançou uma série de jogos chamada "Kingson Hearts" para o Playstation, e os personagens de Aladdin estão presentes no jogo.






Bom pessoal, acaba-se aqui o nosso momento nostalgia. Espero que tenham gostado de relembrar esse grande filme da Disney. E, sem dúvida:





ALADDIN É PARA SEMPRE!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Enrolados pode ter uma continuação


Meu texto desta vez é uma notícia que muitos ainda não sabem, e por isso achei interessante divulgá-la aqui.

Como todos devem saber, a Disney lançou recentemente o filme Enrolados, longa baseada na história da Rapunzel. O filme está fazendo sucesso pelo mundo inteiro, é o de melhor desempenho do estúdio dos últimos 15 anos. Só nos Estados Unidos já arrecadou cerca de 170 milhões de dólares. Aqui no Brasil, o filme ficou com a liderança absoluta das bilheterias por pouco mais de duas semanas, atualmente está em 6º lugar nas bilheterias nacionais e já levou mais de 3,4 milhões de telespectadores aos cinemas. Com todo esse sucesso, os diretores Bryon Howard e Nathan Greno já começaram a pensar em uma possível continuação. Nas palavras de Nathan Greno:

Dito isto, um dia eu posso me sentar com os caras e podemos chegar a uma grande história sobre Rapunzel e este mundo que criamos, e definitivamente [Howard e eu] vamos fazê-lo. Estamos felizes que as pessoas estejam gostando do nosso trabalho, porque é estranho para nós que esses personagens se tornaram realidade, afinal convivemos com eles nos últimos dois ou três anos, porém como o nosso esforço foi terminado, eles estão soltos no mundo.”


Os diretores também chegaram a cogitar produzir, além da continuação, uma série animada baseada no filme; assim como a Disney já fez com Aladdin, por exemplo. A série animada, inclusive, estrearia antes mesmo que a continuação. Entretanto, nada ainda está confirmado. Os dois diretores declararam que a decisão final cabe a Disney, e esta até o momento não se posicionou sobre o assunto. O estúdio havia anunciado, antes da estréia do filme, que Enrolados seria seu último longa inspirado em contos de fadas. Johnn Lassester, chefe da Disney Animation, já avisou que a Disney não produz continuações de seus filmes de animação; a menos que a história seja superior ao primeiro filme para não comprometer o orçamento. Desde que a Disney começou a fazer filmes em CGI, os únicos a ganharem continuações foram Toy Story (que ganhou uma trilogia) e Carros (cujo segundo filme estréia em junho).

domingo, 23 de janeiro de 2011

A Disney está de volta!

Enrolados. A nova animação da Disney marca a volta por cima do estúdio.


1937. A Disney lançava seu primeiro filme de animação: Branca de Neve e os Sete Anões. Logo o estúdio se tornou um dos maiores do mundo, produzindo diversos filmes de qualidade. Viveu o auge no final da década de 1980 e durante a maior parte da década de 1990, produzindo flmes que, além de bons, eram diferentes dos demais. Eram mágicos, criativos, encantavam todo o público com seus roteiros tão fascinantes e músicas deslumbrantes. Essa magia começou com A Pequena Sereia (1989), passando por A Bela e a Fera (1991), Aladdin (1992), O Rei Leão (1994), Pocahontas (1995) e O Corcunda de Notre Dame (1996), até terminar com Hércules (1997). Daí para a frente, a Disney até que produziu bons filmes (sobretudo em sua parceria com a Pixar), mas sem essa magia que havia marcado os filmes citados. Isso durou por vários anos...até que chega 2010, o ano que será lançado sua animação de número 50. O estúdio comemora a marca, mas poucos acreditam que Enrolados seria tão bom quanto os filmes de antigamente.

Aí é que está: a nova animação do estúdio, que estreou nos cinemas brasileiros no dia sete de janeiro, marca o retorno da "Magia Disney", que não se vê desde Hércules (1997). Não deve existir ninguém que não conheça a famosa história da Rapunzel, uma garota de longos cabelos, que vivia presa numa torre por causa de uma bruxa...até ser salva por um príncipe encantado (típico dos contos de fadas, não?). E Enrolados baseia-se justamente nesta história clássica. Mas de uma forma tão bem adaptada que, provavelmente, muitos vão preferir o filme à história original.

Criatividade é algo que não falta no roteiro. E os diretores Byron Howard e Nathan Greno souberam retratá-lo de forma fenomenal, de forma que o filme pode agradar tanto as crianças como ao público adulto. A história não é, em nenhum momento, infantil demais ou boba. Ao contrário, é uma história repleta de emoções e aventuras, de forma que ninguém poderia prever. Soma-se a isso a belíssima trilha sonora, desenvolvida por Alan Menken, que a baseou no rock'n'roll dos anos 60. As músicas do filme são importantíssimas: não se pode tirá-las do filme, se não muita coisa não seria bem explicada, já que os personagens também fazem várias coisas enquanto cantam. Esse é um ponto forte do filme: as músicas não são apenas uma diversão, mas também cenas essenciais no decorrer da trama. Sem contar que possuem letras muito tocantes para os telespectadores. E por falar em música, merece destaque "I See The Light" (Vejo Enfim a Luz Brilhar), na cena em que Rapunzel e o ladrão Flynn Rider passeiam no barco e vêm as lanternas flutuantes no céu. É talvez a cena mais bela do filme.

Voltando a falar sobre a criatividade do filme, não há um príncipe encantado como na história original, mas sim um ladrão, como já mencionado anteriormente. O romance entre ele e Rapunzel é muito real. Dessa forma, o filme ganha mais emoção. Outro mérito dos diretores, que souberam dar assim um toque de romance a história. Além disso, merece destaque também a própria Rapunzel, que possui cabelos mágicos. Com isso, a história também ganha um lado de ficção. Reparem em tudo que o filme tem: emoção, aventura, romance, ficção...e tudo de um jeito bem arrumado e organizado.

Por fim, deve-se falar da dublagem. Luciano Huck, apresentador da Rede Globo, é o responsável por dar voz ao Flynn Rider; e muitos criticaram sua escolha para dublar o personagem, dado que Huck não é ator. Mas para o personagem em questão, a voz de Luciano Huck acabou caindo como uma luva, dado que Rider tem um jeito malandro e solto. No mais, tudo certo com a dublagem.

Com Enrolados, a Disney tem tudo para dar a volta por cima nos cinemas. Agora o importante é que a Disney não perca a magia que usou em Enrolados e em seus antigos filmes outra vez.